Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2005

PARA MIM

AFASTA-TE
Afasta-te daquele que te tortura
Engana abraça
E foge sem deixar rasto.
ACARICIA
A alma dormente e saudosa
Que a névoa dos teus olhos não deixa ver.
BEIJA
A testa face e lábios
Do mundo que encontras-te
Deixando para trás
A vergonha que tinhas de ser quem és
GRAVA
No teu coração os momentos que vives
Aqueles que fazem a tua vida
Mas não voltaram jamais...
RECORDA
Recorda com saudade
O que fez de ti homem
O que sem procurar achas-te
E sem dares por isso te fez feliz!!!


João Miranda
(15-08-2003)
publicado por João Miranda às 22:03
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Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2005

EU ESTOU SÓ

Caminho só,
Entre um mar de gente
Sinto-me tão só
Entre esse mar
Refugio-me na mesa
De um café,
Onde as cadeiras e mesas
Não falam
Nem pensam
Olho gente tão só
Como eu!
Estou cansado,
Apetece-me gritar contra tudo
E todos!
Mas quem me ouviria?
Afinal eu sou só!


João Miranda
(10.01.1981)
publicado por João Miranda às 21:03
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Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2005

HOJE

Hoje mais do que nunca,
Gostava de não ser eu,
Gostava de ser
Aquele que tu querias que eu fosse,
Aquele que eu não poderia ser.
Mas... Fui eu,
Fui eu que destroçei
Aquilo que era teu,
Aquilo que tano guardava.
Estava cheio de amor,
Cheio de esperança e confiança.
Mas eu perdi,
Tudo tenho a perder,
Porque eu sou eu.
Não sou aquele,
Que tu querias que eu fosse
Aquele que não posso ser.
Talvez pudesse vir a ser esse
Sim... Se não houvesse...
Mais ninguém no mundo.


João Miranda
publicado por João Miranda às 22:28
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Terça-feira, 6 de Dezembro de 2005

PALÁCIO DE CRISTAL

Este Palácio que eu olho
Como se fosse coisa encantada
Este Palácio que eu vejo
Como um doce estremecer
Tão belo é ele
Quando desperta a passarada
Tão belo e tão transparente
Com o seu amanhecer.
Quando eu olho esta natureza
Como se a fosse pintar.
Olhando-a sempre com estes meus olhos
Sinto sempre o mesmo
Como um afectoso e doce calor
No meu coração entrar.
Neste momento em que eu escrevo
Escrevo sim com ternura
Este pulmão da cidade
Tento descrever esta maravilha com controle
Olho e só na minha frente
Vejo a verdura
E também sinto um calor
Que me bate mesmo de frente
O astro rei o sol
Como se fosse um quadro
Um quadro para sempre ver
Este quadro que eu vejo
Com os olhos do coração
Tento transmitir a este
Todo o meu sentir
Todo o meu querer
Este meu quadro que eu não sei pintar a aguarela
Pinto isso sim com os meus olhos
Com a minha imaginação
Me faz amar em extremo
Tão lindo já repararam
Quando está amanhecer
O seus desenhos nas nuvens
São de sublime beleza
Quando ao entardecer
A noite começa a cair
Nem todos esta beleza podem ver
Mas todos esta realidade podem sentir
Quantos nascem que nunca viram
Uma tarde uma noite cair
Quantos passam por passar
Sem sentir aquela neblina
Quantos passam ainda sem admirar
O nascer de uma linda flor
O rio lá no fundo tudo na realidade
Tudo na sua grandiosa beleza
Tudo isto encerra a pureza
E a verdadeira felicidade
As árvores os passaritos as rochas
A paisagem
Tudo isto tem um nome
Que tantos desconhecem
Palácio de Cristal.


João Miranda
publicado por João Miranda às 22:36
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Segunda-feira, 5 de Dezembro de 2005

DUQUE DA RIBEIRA

Foste
Um filho do rio
Teu berço
Foi um rebelo
Por padrinho
Tiveste o nevoeiro
Tua fortuna
Era o caíco e o livro
E um braço forte
Para o remo sempre afoite
Tua sabedoria era fintar
As profundas e traiçoeiras águas do Douro
Para retirares os outros
De escaparem à morte.
Identidade eterno Homenzinho
Que andava pela beira rio
Romântico rasgando as àguas frias
Por sorte não eras bonito nem feio
Era esse o teu fado
De coração humilde
Que à tua voz revoltosa
Nunca pôs freio
Embora reconheça a tua identidade
Foste sempre filho da Ribeira
E da dor sentida
De vagabundo mareante
De onda em onda
Lavado pelo infortúnio
Porque só o Rio tu amavas
E te livertavas das grilhetas do mundo
Só o Rio era a tua
Universidade maior
Por isso eu te canto
Elevando-te o nome
A esse teu ser
Que não foste melhor nem pior
E um disseram-me que morres-te
Tua morte inquietou todos
De dor.
Teu rosto feliz sorrindo
Porque tinhas alma navegante
Com o teu caíco se fundiu
Porque o rio
Não é sepultura eterna.
E eternamente será
A ternura e o regaço
Desta Ribeira que foi
Tua mãe!


João Miranda
publicado por João Miranda às 22:02
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Domingo, 4 de Dezembro de 2005

RIO DOURO

Azul é a tua cor
Azul é o teu leito
Então também rasgada
A tua barra pelas ousadas naus
Do Infante
Da tristeza de uma balada
Erguida ou conduzida pelas vagas
Mais sublimes
Foste és e serás a esperança
De uma noticia guardada
No coração das tuas gentes humildes!
Rio Douro
Teu leito imenso que grita pelas cordas
De uma guitarra doce
Toda uma saudade eterna e companheira
Primorosamente fechada numa balada
Tão tua
Para com um encanto depois
Ser cantada pelo Rui Veloso
Mergulhado num rio
Que bem acalentar o meu coração.


João Miranda
publicado por João Miranda às 23:09
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