Quinta-feira, 2 de Março de 2006
O mar,
Esse grande mar...
Tão cheio de sonhos e promessas,
Guarda no seu leito as mágoas
E deixa fluir as águas
Que cheias de lágrimas e suor,
Se deixam levar pelo vento...
Mar imenso e quase infinito,
Deixa que o teu rumo seja o meu,
Deixa que o meu sonho seja o teu
O de ir e voltar
O de ficar e partir,
O de sentir e não sentir,
O de te entregares ao mundo
Num vai e vem de marés,
Deixa-me molhar os meus pés
Em tuas águas tão livres
E calar as minhas palavras
Em cada som que tu dizes.
Mar salgado,
És o meu mar meu mar que tão profundo,
Calas o som dos pescadores
E inundas de ti mais de meio mundo.
És salgado,
És tu,
Só tu,
E de seres tanto teu,
Tenho pena de não ser teu
E todo tu seres meu.
Seriamos um só.
Um só contigo queria ser,
Para afundar o meu íntimo
E em ti me sentir morrer...
João Miranda