Sexta-feira, 3 de Junho de 2005
Terminei a minha noite
De trabalho
No silêncio da casa adormecida!
Abri aquele caderno
E escrevi.
Não...
Não havia nada de especial
A dizer!
Apenas uma vontade enorme
De saborear um momento
Slitário
Ao fim da noite
Apenas a necessidade
De agarrar o tempo,
Os acontecimentos,
Os próprios sonhos...
De os prender nas folhas
Em branco
Dum inocente caderno
De apontamentos.
(Um pouco como quem
Tomava notas
Da própria vida).
Escrevia,
Como quem matava a fome.
Pensava,
E tinha duvidas,
Abria a mão
De sonhos velhos
E resolvia aceitar o possivel
E a fundamentar minha vida
No que valia a pena...
Não!
Não escrevia
Como quem guardava coisas velhas
Numa arca.
Entre as folhas
D meu caderno
Estavam os sorrisos dos outros,
As conversas giras
Que tinha com os amigos,
Estava um pouco
Das minhas descobertas
E um pouco de espinhos
Que me magoavam...
Era preciso,
Como um dia
Me dissera um amigo
"Dar forma a isso tudo"
Para reconhecer
Que naquelas experiências
Aprender e continuar,
A aventura
Do dia seguinte...
João Miranda